Realidade das escola

Durante este trabalho consegui fazer uma avaliação destas escolas. Muitas me surpreenderam pela precariedade de condições. Não têm verba para manutenção de máquinas, para instalação de rede elétrica e para segurança. Uma escola não aceita os micros porque será um chamariz de ladrões. Outra, só em março, foi assaltada três vezes e estava esperando outro para este final de semana.
Outras querem máquinas, mas ninguém sabe usar. Este é nosso trabalho, no NTE, capacitar estes professores.
Mas o que mais me impressionou foi que só uns 10% sabem mandar um e-mail, anexar arquivos, enfim, trabalhar com a internet, mesmo tendo computador para uso administrativo. Precisamos, com urgência, trazer estas pessoas e capacitar para o uso diário da máquina. Não dá para fugir da tecnologia, ela veio para ficar.
Trabalhar com o aluno, a criança, é fácil, o que não acontece com o adulto. Vencer sua resistência é um trabalho árduo. O adulto tem dificuldade de lidar com o erro. É uma questão de auto-estima que precisamos trabalhar na pessoa antes do conhecimento técnico.

Eu costumo deixar o aluno/professor bem à vontade, consciente de que todos podem aprender; que a máquina não estraga; que pode errar e corrigir este erro, assim estará aprendendo. E que deve tentar sempre, a curiosidade promove a aprendizagem.